sábado, 31 de março de 2012

Mouraria


O Bairro da Mouraria pode ser visto como um labirinto. 
Assim, podemos dizer que as ruas, que caracterizam esta zona lisboeta, reflectem  subidas e descidas, "curvas contra curvas", cruzamentos abertos ou semi-abertos permitem tanto o acesso de veículos como o pedonal.
A partir da praça do Martim Moniz, deparamo-nos com trilhos que nos levam aos mais variados sítios da sua proximidade, desde a Anjos, aos Sapadores, a Alfama, ao Rossio, ao Terreiro do Paço, às freguesias de São Miguel, São Vicente de fora, à Graça,  ao castelo de São jorge, entre outros. 
Ao caminharmos podemos observar que as ruas, "travessias", becos são largos, outros demasiado próximos, em que, por vezes, o sol espreita com demasiado esforço.
Todos estes sítios tem a sua própria identidade e diversidade cultural, o seu "marco", pleno, da sua história, da sua beleza e encanto.



Por: Barnabé Sousa
       Djénifer Fortes

sexta-feira, 30 de março de 2012

A igreja (da D. Eva) da Encarnação


A igreja da Encarnação fica no largo do Chiado e pertence à freguesia com o mesmo nome. 
Nesta igreja celebravam-se missas das familias mais nobres da cidade. No fim do séc.XIX a igreja foi reconstruida (uma vez que com o terramoto de 1775 ficou parcialmente destruída), pelo arquitecto Manuel Caetano Sousa. 
As cores predominantes são o rosado e o pastel. Quando aqui entramos deparámo-nos com alguns fiéis a rezarem, turistas a tirarem fotos para a posterioridade e com a D.Eva. A D.Eva é a zelosa governanta da igreja. Esta visiense de nascimento, mas lisboeta de coração (vive há 50 anos no coração do bairro alto) é quem cuida da limpeza da igreja que, em 2004, recebeu uma missa de acção de graças pela restauração dos tectos (isto foi possível graças às doações dos fiéis), presidida pelo cardeal patriarca de Lisboa no dia em que se celebrava o vigésimo sexto aniversário de pontificado do Papa João Paulo II. 
Nesta igreja encontramos várias imagens, tal como a do Papa João Paulo II, da Rainha Santa Isabel ou a de Santo António de Lisboa. Para além das imagens, também podemos visitar a capela da Goretti ou ver a cruz Gloriosa que, actualmente, encontra-se em exposição mas passou os últimos 200 anos no topo da igreja. A igreja da Encarnação fica em frente da igreja do Loreto, também, conhecida por igreja dos italianos.



Por: Andreia Rodrigues





















































































 

































































































































 
Por: Barnabé Sousa

segunda-feira, 26 de março de 2012

"Sons pela cidade"



Este ano, 2012, Lisboa arrancou com música. Esta iniciativa, inédita, da Câmara Municipal de Lisboa e da Orquestra Metropolitana de Lisboa – OML.
As pessoas que vivem ou trabalham em Lisboa podem desfrutar, gratuitamente, de concertos onde serão apresentadas grandes obras musicais e grandes autores, como Elgar, Rossini e Grieg, entre tantos outros.
Este iniciativa “Sons pela cidade”,  tem  como objectivos aproximar a música erudita a novos públicos e dar a conhecer reportórios e artistas, em espaços não habituais, neste tipo de apresentação, e mais periféricos no circuito cultural da capital, estabelecendo desta forma um elo de aproximação com as juntas de freguesia de Lisboa, que acolhem os concertos, apoiando esta iniciativa.
Os “Sons pela cidade” regressam no fim de Março, mais precisamente nos dias 30 e 31, terminando a 1 de Abril. A OML irá “levar música clássica aos bairros e freguesias” desta cidade.
Segundo a organização este é um projecto que “tem por base uma lógica de descentralização cultural”.
O lema “Música de excelência nos bairros de Lisboa” será apresentada pela Orquestra Metropolitana, contando com duas formações. A primeira pela Orquestra Académica Metropolitana será dirigida por Jean-Marc Burfin que, por sua vez, interpretará  obras de Copland e Milhaud.
A segunda, por um recital de harpa por Stéphanie Manzo que interpretará obras de Tournier, Debussy, Pescetti.
A primeira parceria decorreu em Janeiro. Esta chegará, também, às freguesias de Alcântara, Santa Maria dos Olivais e São Domingos de Benfica. Relembremo-nos de que esta iniciativa decorrerá, também, no próximo mês de Maio.

Programa
30 de Março, 21:30h
Junta de freguesia de Alcântara: Orquestra Académica Metropolitana;
31 de Março, 17:00h
ADCEO (Antigo cineteatro da Encarnação), Bairro da Encarnação: Orquestra Académica Metropolitana;
1 de Abril, 17:00h
Centro Cultural João das Regras, São Domingos de Benfica: Orquestra Metropolitana de Lisboa
 

















(Fonte da imagem: google)




Por: Barnabé Sousa


domingo, 25 de março de 2012

À conversa com André Costa, funcionário do PN


Seguindo no eléctrico nº 28E, iniciei a viagem no Martim Moniz,  passando pelo sítios de: Anjos, Graça… Alfama era a paragem “obrigatória”. Assim, sai na calçada de São Vicente de fora, passei pela igreja que apresenta o mesmo nome, rumo ao Panteão Nacional, onde fiquei  a conhecer toda a sua história, tal como o seu funcionamento.
Na entrada, encontramos a bilheteira, sim, porque tal como qualquer outro monumento histórico, em Lisboa, e não só… paga-se para apreciar a sua beleza interior.
Aí, deparei-me com o Senhor André, recepcionista deste espaço, e além de exercer  esta função, também, faz de guia, quando está outro colega para assegurar a recepção. Este senhor, muito simpático, dispôs-se a explicar todo o funcionamento daquele grande monumento.

B.SQual é o horário deste monumento? Está aberto todos os dias?
A.C – Não. Não está aberto todos os dias. Está aberto das 10h-17h, de Terça a Domingo, uma vez que estamos encerrados todas as segundas-feiras, respeitando o 25 de Dezembro, Domingo de Páscoa, 1º de Janeiro e 1º de Maio que também estamos encerrados ao público.

B.SFalando de público. Que tipo de público costuma visitar o PN?
A.C – O Panteão Nacional é visitado, maioritariamente, por turistas, mas também há afluência de portugueses de vários pontos do (nosso) País. No que se refere ao turismo, podemos dizer que há muitos turistas chineses, japoneses, italianos, espanhóis, franceses, ingleses, alemães, isto é, turistas de quase todo o mundo.

B.SÉ dificil trabalhar com o turismo?
A.C – Não! Falo bem Inglês e tenho conhecimentos de Francês, mas quando aparece chineses e alemães torna-se, um pouco, difícil. Aí, há outro colega com quem, habitualmente, esses turistas falam, mas geralmente há muitos que dominam o Inglês, o que facilita muito.

B.SNo que se refere aos preços, os turistas e portugueses queixam-se dos mesmos?
A.C – Geralmente não. As pessoas já tem consciência de que estes espaços são sempre pagos. Além disso, não há dinheiro que pague para nos rendermos e apreciarmos tanta beleza. Relativamente ao preços, os jovens com “cartão jovem”, pagam 1.20€ enquanto o bilhete normal custa 3.00€, mas há outros tarifários especiais para séniores, pessoas com deficiência e para grupos, consoante o seu número, que é variável e, também, tem que ter em conta o número de bilhetes que vendemos de forma a obter um desconto percentual justo.
Refira-se que temos entrada livre apenas aos Domingos e feriados, até às 14h. De resto, os Jornalistas, Professores e alunos (grupos), crianças até aos 14 anos, mecenas e membros da Associação de Monumentos e dos Amigos dos Castelos, devidamente identificados, é que têm acesso livre, porque caso contrário, são sujeitos a tarifa normal.

B.S Como é que é trabalhar no Panteão Nacional?
A.C – Trabalhar no Panteão Nacional é muito gratificante, porque é um lugar muito giro, onde há muita história para contar e, preservar. Já trabalho aqui há 20 anos, e estou feliz com a minha função e opção de vida. Nos dias em que estou de serviço, entro às 9h e saio às 17h e por vezes, fico até mais tarde. Depende, muito, daquilo que me propõem fazer, mas no final do dia saio daqui satisfeito.

B.SEstou a ouvir esta música de fundo. É de estilo barroco, certo?
A.C – Sim, é estilo barroco, mas não me pergunte quem é que canta, porque não sei. Gosto imenso de trabalhar cá, mas no que toca à música, confesso que não sou grande apreciador, mas faz parte da minha função. Devo dizer-lhe que temos aqui atrás (recepção), há seis conjuntos de cd´s deste tipo mas, também, alterno este estilo de música com fados da grande Amália Rodrigues que está ali, sepultada, na sala 1.

B.SEntão não passam outro tipo de música?
A.C – Não! Os únicos estilos musicais que passamos varia, apenas, entre o Barroco e Fados da Amália como já referi. A maioria das pessoas que nos visitam pedem para ouvir Amália e claro, colocamos a nossa fadista a cantar. 





Por: Barnabé Sousa

sábado, 24 de março de 2012

Centro Comercial de Martim Moniz


O centro comercial, de Martim Moniz, encontra-se situado no Bairro da Mouraria, e foi inaugurado em 1991.
É composto por 4 pisos, apresentando uma área comercial de 300m2. Possui 21 lojas e 3 restaurantes. É um espaço privilegiado para os negócios, nomeadamente por emigrantes paquistaneses, indianos, chineses e portugueses descendentes de cidadãos de todos os continentes.
Apresenta, ainda, lojas de artesanato, mercearias africanas e asiáticas e, também, por salões de cabelereiros afro, sendo considerado o maior espaço inter-étnico de Lisboa.
Ao entrarmos neste Centro Comercial, ficamos com a sensação de que entramos num novo mundo, num mundo vasto e repleto de multiculuralidade, onde a troca de olhares é uma constante, provocando uma certa intimidação por aqueles que ali passam. 



Por: Barnabé Sousa & Djénifer Fortes 

sexta-feira, 23 de março de 2012

O eléctrico da saudade


Apanhando o 28 em pleno Martim Moniz entramos naquela que podemos apelidar de "verdadeira Lisboa". Mouraria - Alfama e por fim o Bairro Alto. O percurso deste eléctrico passa por estes 3 bairros, que podemos apelidar de "nossos".
Começando na multicultural Mouraria, onde pessoas provenientes dos quatro cantos do mundo convivem e transformam este bairro num gigantesco caldeirão de cheiros e culturas.
A nossa primeira paragem foi no bairro de Alfama. Aí, visitamos a igreja de São Vicente de Fora, e o Panteão nacional onde repousam os restos mortais de alguns dos maiores nomes da história de Portugal. Finalizando esta visita, apanhamos de novo o eléctrico.
Este eléctrico tem a fama de ser um dos locais de "ataque" dos carteiristas, afinal o que não falta são turistas. Turistas ávidos de conhecer a cidade, e os seus locais mais característicos, bem longe dos átrios dos hotéis. Na viagem que fizemos encontramos as mais variadas línguas: inglês, alemão, espanhol, mandarim., e como é óbvio, o (nosso) português. O português daqueles nascidos e criados na cidade das "sete colinas" como, também, daqueles que fazem este percurso para conhecer um pouco mais sobre a nossa capital e sua história sócio-cultural e económica.
Não há dúvidas de que, no fim desta viagem, passamos a conhecer um pouco mais da (nossa) Lisboa, mas também sobre o porquê de sermos procurados por, cada vez mais,  turistas. Lisboa soube manter a magia de um passado que, ainda, povoa as ruas e os monumentos com os seus heróis, e os seus fadistas e as suas varinas. Um passado que provoca-nos alguma saudade. Saudade essa que nos dá esperança no futuro, pois esta é uma cidade cosmopolita e agregadora de culturas. No fim ficamos com saudade, queremos sempre mais, o caminho parece curto.
É por isso que aconselhamos este caminho.       







Por: Andreia Rodrigues & Barnabé Sousa

quinta-feira, 22 de março de 2012

Igreja de São Vicente de fora


A Igreja de São Vicente de Fora conhecida, também, por Mosteiro de São Vicente de Fora encontra-se, situada, em Alfama. A sua construção teve início em 1582, tendo sido terminada em 1627 pelo arquitecto Filippo Terzi.
João Frederico Ludovice foi nomeado "Mestre Arquitecto das Obras do Real Mosteiro de São Vicente de Fora", sucedendo ao arquitecto Luís Nunes Tinoco, a 4 de Dezembro de 1720. O altar barroco é da autoria de João F. Ludovice. Foi encomendado por D. João V de Portugal, ocupando o centro da Capela-mor, que se enquadra em quatro colunas resistentes destacando-se, nos altos plintos, oito imagens referentes a monumentos ilustres de Lisboa. São, todos, de madeira, pintados de branco de acordo com a preferência do italiano Ludovice, representando, assim, São Vicente de Fora e São Sebastião.
Relembremos que estes monumentos foram realizados por Manuel Vieira, personagem pela qual se devem, ainda, as belas esculturas de anjos, dispostas sobre as portas que dão acesso ao côro dos cónegos.
Entre Agosto de 2008 e 22 de Janeiro de 2011, esta igreja esteve encerrada devido a falta de segurança, uma vez que, neste espaço religioso, eram evidentes quedas de “camadas” internas e estuques que não foram reconstruídos por não serem originais da época de construção. A restauração esteve ao serviço de técnicos ligados ao Estado.
Este templo apresenta uma forma rectangular, com uma fachada de tipo italiano, sóbria e simétrica. Tem, também, uma torre de cada lado, onde sobre a entrada podemos deparar-nos com as estátuas dos santos Vicente, Agostinho e Sebastião.
Na face interna desta igreja, podem ser destacados um baldaquino resguardado por estátuas de madeira, em tamanho natural, encontrando-se por cima do altar. Este baldaquino apresenta um estilo barroco, e foi assinado por Machado de Castro.
Podemos encontrar, ainda, um orgão ibérico (órgão musical que surte o som a partir da passagem de ar comprimido – vento, através dos tubos de madeira e de metal). Foi construído em 1765 por João Fontanes de Maqueixa, tendo sido reconstruído em 1994 por dois franceses: Claude e Christine Rainolter. É considerado um dos maiores e melhores exemplares organários portugueses do século XVII.
Este mosteiro, Agostiniano, conserva a sua cisterna do século XVI, apresentando vestígios do antigo claustro, onde podemos ver, também, painéis azulejados com cenas ligadas ao campo, cobertos por desenhos querubins e florais, ilustrando fábulas de La Fontaine. Na entrada podemos observar painéis de azulejos, do século XVIII, que por sua vez, representam cenas dos ataques de D. Afonso Henriques a Lisboa e a Santarém

 































































































































































































Por: Barnabé Sousa

quarta-feira, 21 de março de 2012

Caracterização do Bairro Alto


Este é um dos bairros mais antigos da cidade, e por isso não foge do traçado mourisco com ruas estreitas, com grandes inclanações e inúmeras escadinhas. 
Os passeios são feitos de calçada portuguesa.
Relativamente a moradias, podemos distinguir aquelas que foram propriedade de familias nobres ou burguesas (estas moradias na sua fachada misturam detalhes barrocos com alguns mais clacissistas) das mais simples (de familias que vinham dos meios rurais). 
As casas do bairro alto distinguem-se pelos seus cunhais de pedra, as grades de ferro e os azulejos decorativos.
Na estatuária temos presente estátuas de dois dos maiores escritores portugueses, Luis Vaz de Camões, no largo que leva o seu nome, e de Eça de Queirós em frente ao palácio de Quintela.
Desde o século XIX encontramos diversos estúdios fotográficos, e de cinema, tal como a presença de inúmeros jornais.
Actualmente o único jornal que continua a manter a sua sede neste bairro é o jornal desportivo “A BOLA”.



Por: Andreia Rodrigues