sexta-feira, 23 de março de 2012

O eléctrico da saudade


Apanhando o 28 em pleno Martim Moniz entramos naquela que podemos apelidar de "verdadeira Lisboa". Mouraria - Alfama e por fim o Bairro Alto. O percurso deste eléctrico passa por estes 3 bairros, que podemos apelidar de "nossos".
Começando na multicultural Mouraria, onde pessoas provenientes dos quatro cantos do mundo convivem e transformam este bairro num gigantesco caldeirão de cheiros e culturas.
A nossa primeira paragem foi no bairro de Alfama. Aí, visitamos a igreja de São Vicente de Fora, e o Panteão nacional onde repousam os restos mortais de alguns dos maiores nomes da história de Portugal. Finalizando esta visita, apanhamos de novo o eléctrico.
Este eléctrico tem a fama de ser um dos locais de "ataque" dos carteiristas, afinal o que não falta são turistas. Turistas ávidos de conhecer a cidade, e os seus locais mais característicos, bem longe dos átrios dos hotéis. Na viagem que fizemos encontramos as mais variadas línguas: inglês, alemão, espanhol, mandarim., e como é óbvio, o (nosso) português. O português daqueles nascidos e criados na cidade das "sete colinas" como, também, daqueles que fazem este percurso para conhecer um pouco mais sobre a nossa capital e sua história sócio-cultural e económica.
Não há dúvidas de que, no fim desta viagem, passamos a conhecer um pouco mais da (nossa) Lisboa, mas também sobre o porquê de sermos procurados por, cada vez mais,  turistas. Lisboa soube manter a magia de um passado que, ainda, povoa as ruas e os monumentos com os seus heróis, e os seus fadistas e as suas varinas. Um passado que provoca-nos alguma saudade. Saudade essa que nos dá esperança no futuro, pois esta é uma cidade cosmopolita e agregadora de culturas. No fim ficamos com saudade, queremos sempre mais, o caminho parece curto.
É por isso que aconselhamos este caminho.       







Por: Andreia Rodrigues & Barnabé Sousa

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