quinta-feira, 22 de março de 2012

Igreja de São Vicente de fora


A Igreja de São Vicente de Fora conhecida, também, por Mosteiro de São Vicente de Fora encontra-se, situada, em Alfama. A sua construção teve início em 1582, tendo sido terminada em 1627 pelo arquitecto Filippo Terzi.
João Frederico Ludovice foi nomeado "Mestre Arquitecto das Obras do Real Mosteiro de São Vicente de Fora", sucedendo ao arquitecto Luís Nunes Tinoco, a 4 de Dezembro de 1720. O altar barroco é da autoria de João F. Ludovice. Foi encomendado por D. João V de Portugal, ocupando o centro da Capela-mor, que se enquadra em quatro colunas resistentes destacando-se, nos altos plintos, oito imagens referentes a monumentos ilustres de Lisboa. São, todos, de madeira, pintados de branco de acordo com a preferência do italiano Ludovice, representando, assim, São Vicente de Fora e São Sebastião.
Relembremos que estes monumentos foram realizados por Manuel Vieira, personagem pela qual se devem, ainda, as belas esculturas de anjos, dispostas sobre as portas que dão acesso ao côro dos cónegos.
Entre Agosto de 2008 e 22 de Janeiro de 2011, esta igreja esteve encerrada devido a falta de segurança, uma vez que, neste espaço religioso, eram evidentes quedas de “camadas” internas e estuques que não foram reconstruídos por não serem originais da época de construção. A restauração esteve ao serviço de técnicos ligados ao Estado.
Este templo apresenta uma forma rectangular, com uma fachada de tipo italiano, sóbria e simétrica. Tem, também, uma torre de cada lado, onde sobre a entrada podemos deparar-nos com as estátuas dos santos Vicente, Agostinho e Sebastião.
Na face interna desta igreja, podem ser destacados um baldaquino resguardado por estátuas de madeira, em tamanho natural, encontrando-se por cima do altar. Este baldaquino apresenta um estilo barroco, e foi assinado por Machado de Castro.
Podemos encontrar, ainda, um orgão ibérico (órgão musical que surte o som a partir da passagem de ar comprimido – vento, através dos tubos de madeira e de metal). Foi construído em 1765 por João Fontanes de Maqueixa, tendo sido reconstruído em 1994 por dois franceses: Claude e Christine Rainolter. É considerado um dos maiores e melhores exemplares organários portugueses do século XVII.
Este mosteiro, Agostiniano, conserva a sua cisterna do século XVI, apresentando vestígios do antigo claustro, onde podemos ver, também, painéis azulejados com cenas ligadas ao campo, cobertos por desenhos querubins e florais, ilustrando fábulas de La Fontaine. Na entrada podemos observar painéis de azulejos, do século XVIII, que por sua vez, representam cenas dos ataques de D. Afonso Henriques a Lisboa e a Santarém

 































































































































































































Por: Barnabé Sousa

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