A Igreja de São Vicente de Fora conhecida, também, por Mosteiro
de São Vicente de Fora encontra-se, situada, em Alfama. A sua construção
teve início em 1582, tendo sido terminada em 1627 pelo arquitecto Filippo Terzi.
João Frederico Ludovice foi nomeado "Mestre Arquitecto das Obras do
Real Mosteiro de São Vicente de Fora", sucedendo ao arquitecto Luís Nunes Tinoco, a 4 de Dezembro
de 1720. O
altar barroco é da autoria de João F. Ludovice. Foi encomendado por D. João V
de Portugal, ocupando o centro da Capela-mor, que se enquadra em quatro colunas
resistentes destacando-se, nos altos plintos, oito imagens referentes a monumentos
ilustres de Lisboa. São, todos, de madeira, pintados de branco de acordo com a
preferência do italiano Ludovice, representando, assim, São Vicente de Fora e
São Sebastião.
Relembremos que estes monumentos foram
realizados por Manuel Vieira, personagem pela qual se devem, ainda, as belas
esculturas de anjos, dispostas sobre as portas que dão acesso ao côro dos cónegos.
Entre Agosto de 2008 e 22 de Janeiro de
2011, esta igreja esteve encerrada devido a falta de segurança, uma vez que,
neste espaço religioso, eram evidentes quedas de “camadas” internas e estuques
que não foram reconstruídos por não serem originais da época de construção. A restauração
esteve ao serviço de técnicos ligados ao Estado.
Este templo apresenta uma forma rectangular,
com uma fachada
de tipo italiano, sóbria e simétrica. Tem, também, uma torre de cada lado, onde sobre
a entrada podemos deparar-nos com as estátuas dos santos Vicente, Agostinho
e Sebastião.
Na face interna desta igreja, podem ser destacados um baldaquino
resguardado por estátuas de madeira, em tamanho natural, encontrando-se por
cima do altar. Este baldaquino apresenta um estilo barroco,
e foi assinado por Machado de Castro.
Podemos encontrar, ainda, um orgão ibérico (órgão musical que surte o som
a partir da passagem de ar comprimido – vento, através dos tubos de madeira e
de metal). Foi construído em 1765
por João Fontanes de Maqueixa,
tendo sido reconstruído em 1994 por dois franceses: Claude e Christine
Rainolter. É considerado um dos maiores e melhores exemplares organários
portugueses do século XVII.
Este mosteiro, Agostiniano, conserva a sua
cisterna do século XVI, apresentando vestígios do antigo claustro, onde podemos
ver, também, painéis azulejados com cenas ligadas ao campo, cobertos por
desenhos querubins e florais, ilustrando fábulas de La Fontaine. Na entrada podemos observar painéis de azulejos, do
século XVIII, que por sua vez, representam cenas dos ataques de D. Afonso Henriques a Lisboa e a Santarém.
Sem comentários:
Enviar um comentário